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Os Jardins do Amor – 19ª Parte

O Testemunho dos Judeus e Romanos em Relação aos Sahábah (Radhiyalláhu An’hum)

Allah Ta’ála agraciou aos Sahábah com sucesso no Díne e no dunya. A razão deste sucesso foi a permanência na obediência a Allah Ta’ála em todos os momentos, a aversão pelos bens mundanos e a justiça demonstrada por eles, mesmo que estivessem a lidar com os kuffár. Naquela época, até os judeus que eram inimigos, aceitavam o facto de que os Sahábah eram os mais justos.

É relatado que certo dia Raçulullah (sallalláhu alaihi wassallam) enviou Sayyiduná Abdulláh bin Rawáhah (radhiyalláhu an’hu) para uma localidade no território dos muçulmanos que era habitada por judeus para calcular o jizyah (uma quantia paga pelos kuffár para habitarem no território isslámico). Sayyiduná Abdulláh bin Raháwah (radhiyalláhu an’hu) teria que fazer uma estimativa das tâmaras nas árvores dos judeus para determinar o valor a ser pago.

Os judeus pretendiam subornar a Sayyiduná Abdulláh bin Rawáhah (radhiyalláhu an’hu) para que fizesse um cálculo favorável à eles.

Quando ele chegou, os judeus colocaram jóias diante dele e disseram: “Isto tudo é para ti, em troca da tua clemência no cálculo do jizyah.” Sayyiduná Abdulláh (radhiyalláhu an’hu) retorquiu: “Ó Judeus! Vós sois as criaturas de Allah Ta’ála mais desprezíveis aos meus olhos (pela hostilidade demonstrada por eles para com Raçulullah sallalláhu alaihi wassallam e os muçulmanos). Apesar do meu ódio, não oprimir-vos-ei calculando um jizyah mais do que o vosso dever. Quanto às vossas ofertas, isto é um suborno. Os bens adquiridos através do suborno são considerados como ribá (juros), e nós não consumimos ribá.”

Ao escutar estas palavras, os judeus exclamaram: “É pela justiça do Isslám que os céus e a terra permanecem em harmonia!” (Muwatta Imám Muhammad, pág. 357)

Assim como os judeus, os romanos também testemunharam que o segredo do sucesso dos Sahábah era a obediência a Allah Ta’ála e a piedade.

Na batalha de Yarmúk, os Sahábah derrotaram o exército romano, apesar do número dos romanos ser muito superior ao deles. Quando os soldados romanos regressaram, o seu líder Hércules exclamou:

– Como foi possível eles vos derrotarem? Será que eles não são homens como vós?

– Sem dúvida, eles são. Responderam os soldados.

Hércules perguntou:

– O vosso número era maior ou o deles?

Os soldados responderam:

– Nós éramos muito mais do que eles.

Hércules perguntou:

– Então, como é que vocês sempre são derrotados por eles?

Um dos líderes romanos de idade avançada respondeu:

– A razão da victória é pelo facto de eles efectuarem o Salát durante a noite, jejuarem durante o dia, cumprirem as promessas, exercerem a justiça e impedirem a prática do mal. Enquanto que nós, pelo contrário, ingerimos o vinho, cometemos o adultério, praticamos todo tipo de maldade, quebramos as promessas, apoderámo-nos dos bens dos outros, oprimimos aos outros, ordenamos a prática de acções que atraem a fúria de Allah Ta’ála e proibimos aquilo que Lhe agrada.

Ao escutar esta resposta, Hércules disse:

– Você falou a verdade. (Al-Bidáyah Wan Niháyah vol.7 pág.157)

A partir destes incidentes, ficamos a saber que os kuffár aceitavam que Isslám era a religião da justiça através do estilo de vida dos Sahábah.

Rogamos a Allah Ta’ála que nos deia a sorte de adoptar uma vida de piedade assim como os Sahábah fizeram. Amín

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