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Celebração do Ano Novo

Pergunta: É permitido desejar aos outros “Feliz Ano Novo” quando o novo ano gregoriano inicía? Pode-se participar nas festas do Ano Novo? Algumas pessoas dizem que a celebração do Ano Novo tem algumas conotações com o kufr. Será que isso está correcto?

Resposta: A celebração do Ano Novo é uma celebração “religiosa” dos kuffár, que está associada às crenças kufr e shirk.

A ‘Enciclopédia Mundial’ descreve o Ano Novo nas seguintes palavras:

“O imperador romano, Júlio César, estabeleceu 1º de Janeiro como o dia de Ano Novo em 46 A.C. Os romanos dedicaram esse dia a Jano, o deus dos portões, portas e começos. Janeiro recebeu o nome de Jano, que tinha duas faces – uma olhando para frente e outra olhando para trás. Os primeiros romanos davam uns aos outros presentes alusivos ao Ano Novo de ramos de árvores sagradas. Em tempos posteriores, eles davam moedas, impressas com imagens de Jano, ou nozes cobertas de ouro.”

Da definição acima, entendemos que o dia de ano novo é uma celebração dos kuffár que tem conotações religiosas. Portanto, não é permitido a um crente participar desta celebração nem ter alguma relação com a mesma. Da mesma forma, não é permitido a um crente desejar felicidades aos kuffár ou dizer “Feliz Ano Novo” a eles nesta ocasião.

Allah Ta’ala ordena aos crentes no Qur’án Majíd:

وَلَا تَرۡکَنُوۡۤا اِلَی الَّذِیۡنَ ظَلَمُوۡا فَتَمَسَّکُمُ النَّارُ

“E não inclineis para aqueles que foram injustos para sí próprios (por meio de shirk), senão sereis afligidos pelo fogo.” (Súrah Húd v.113)

Este áyat proíbe claramente aos crentes de qualquer tipo de “inclinação para os kuffár”. Os Ulamá explicam que “inclinação para os kuffár” refere-se a alguém que se inclina para as crenças, costumes, actos de adoração, celebrações, vestuário e cultura deles. Portanto, a participação em tal celebração, dando presentes ou desejando às pessoas “Feliz Ano Novo” é certamente considerada como forma de “inclinação para os kuffár” e, portanto, será considerada inadmissível (Harám).

Além disso, nos ajuntamentos da véspera do Ano Novo, toca-se música, consome-se álcool, homens e mulheres vestem-se indecentemente e convivem livremente. O ambiente é de vício e pecado e está repleto de harám e actividades vergonhosas.

Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) proibiu de participar em ajuntamentos onde as pessoas estão envolvidas em pecado. Através da participação em tal ajuntamento, a pessoa estará apoiando o pecado ao aumentar o número de pessoas presentes nesse mesmo ajuntamento.

Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) disse:

من كثر سواد قوم فهو منهم ومن رضي عمل قوم كان شريكا في عملهم

“Aquele que aumenta o número de um povo será contado dentre eles (ou seja, perante Allah Ta’ala), e aquele que está satisfeito com o erro de um povo será um parceiro na suas acções.”

Portanto, participar de tal celebração – seja activa ou passivamente – é extremamente prejudicial para o Imán. Como crentes, devemos ser fiéis a Allah Ta’ala e proteger nosso Imán, evitando totalmente todas as coisas associadas aos kuffár, suas celebrações e costumes. Portanto, não devemos nem mesmo ser espectadores das comemorações deles e fogos de artifício, pois isso também é uma forma de participação passiva.

A seguir estão algumas das formas comuns pelas quais as pessoas imitam os kuffár em apoio à celebração do Ano Novo:

a) Saldos e promoções em nome de “Ano Novo”.

b) Oferecer presentes ou cartões de “Ano Novo” a clientes, funcionários, etc.

c) Permanecer acordado até a meia-noite de 31 de Dezembro “para testemunhar o Ano Novo”.

d) Queimar fogos de artifício à meia-noite.

Como crentes, acreditamos que o verdadeiro respeito, honra e dignidade só pode ser alcançado seguindo os ensinamentos puros do Islám e o Mubárak Sunnah de Raçulullah (sallallahu alaihi wasallam). Se procurarmos honra e respeito em qualquer outro lugar, não obteremos nada além da desgraça e humilhação para nós mesmos. Hazrat Umar (radhiyallahu ‘anhu) enfatizou:

إنا كنا أذل قوم فأعزنا الله بالإسلام فمهما نطلب العز بغير ما أعزنا الله به أذلنا الله

Nós éramos as pessoas mais desgraçadas. Allah Ta’ala nos concedeu honra através do Islám. Se algum dia procurarmos a honra em algo além daquilo pelo qual Allah Ta’ala nos honrou (Islám), Allah Ta’ala nos desonrará.

E Alláh Ta’ála sabe melhor.

 

وَلَا تَرۡکَنُوۡۤا اِلَی الَّذِیۡنَ ظَلَمُوۡا فَتَمَسَّکُمُ النَّارُ ۙ وَمَا لَکُمۡ مِّنۡ دُوۡنِ اللّٰهِ مِنۡ اَوۡلِیَآءَ ثُمَّ لَاتُنۡصَرُوۡنَ (هود: 113)

عن ابن عمر قال قال رسول الله صلى الله عليه وسلم من تشبه بقوم فهو منهم (سنن أبي داود، الرقم: 4033)

من تشبه بقوم أي من شبه نفسه بالكفار مثلا في اللباس وغيره أو بالفساق أو الفجار أو بأهل التصوف والصلحاء الأبرار فهو منهم أي في الإثم والخير (مرقاة المفاتيح 4/431)

عن عمرو بن الحارث أن رجلا دعا عبد الله بن مسعود إلى وليمة فلما جاء ليدخل سمع لهوا فلم يدخل فقال ما لك رجعت قال إني سمعت رسول الله صلى الله عليه وسلم يقول من كثر سواد قوم فهو منهم ومن رضي عمل قوم كان شريكا في عملهم (إتحاف الخيرة المهرة، الرقم: 3297)

خرج عمر بن الخطاب إلى الشام ومعنا أبو عبيدة بن الجراح فأتوا على مخاضة وعمر على ناقة له فنزل عنها وخلع خفيه فوضعهما على عاتقه وأخذ بزمام ناقته فخاض بها المخاضة فقال أبو عبيدة يا أمير المؤمنين أنت تفعل هذا تخلع خفيك وتضعهما على عاتقك وتأخذ بزمام ناقتك وتخوض بها المخاضة ما يسرني أن أهل البلد استشرفوك فقال عمر أوه لم يقل ذا غيرك أبا عبيدة جعلته نكالا لأمة محمد صلى الله عليه وسلم إنا كنا أذل قوم فأعزنا الله بالإسلام فمهما نطلب العزة بغير ما أعزنا الله به أذلنا الله (المستدرك على الصحيحين للحاكم، الرقم: 207)

( والإعطاء باسم النيروز والمهرجان لا يجوز ) أي الهدايا باسم هذين اليومين حرام ( وإن قصد تعظيمه ) كما يعظمه المشركون ( يكفر ) قال أبو حفص الكبير لو أن رجلا عبد الله خمسين سنة ثم أهدى لمشرك يوم النيروز بيضة يريد تعظيم اليوم فقد كفر وحبط عمله ا هـ (الدر المختار 6/754)

Respondido por:
Muftí Zakaria Makada

Verificado e aprovado por:
Muftí Ebrahim Salejee

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