Home / Artigos em Geral / O duá de Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) sendo aceite

O duá de Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) sendo aceite

Certa vez, Arwa bint Uwais, a vizinha de Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu), foi até Muhammad bin Amr bin Hazm (rahimahullah) queixando-se do seu vizinho, Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu). Ela alegou que ele havia construído o seu muro dentro do terreno dela e pediu a Muhammad bin Amr (rahimahullah) que fosse até ele e falasse em nome dela. Ela também disse: “Eu juro por Allah Ta’ala, se Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) não devolver o que me pertence, anunciarei abertamente a injustiça que ele cometeu contra mim perante todas as pessoas no Masjid de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam).”

Muhammad bin ‘Amr bin Hazm (rahimahullah) a advertiu, dizendo: “Não magoes o companheiro de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam)!” (referindo-se a Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu ‘anhu)). “Ele não é uma pessoa que te oprimirá ou usurpará os teus direitos.”

Decepcionada com a resposta, Arwa partiu e foi até Umárah bin Amr e Abdullah bin Salimah (rahimahumallah), e apresentou a sua queixa a eles. A seu pedido, eles foram até Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu), que estava no seu terreno em Aquíq. Ao vê-los, ele perguntou: “Por que vocês vieram aqui?” Eles contaram lhe acerca da queixa de Arwa e o pedido dela.

Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) respondeu: “Eu ouvi Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) a dizer: ‘Aquele que usurpa a propriedade de outra pessoa, mesmo que seja o espaço de um shibr (um palmo), virá no Dia do Quiyámah com aquela porção de terra amarrada ao seu pescoço, juntamente com as sete camadas da terra abaixo dela.’”

Depois disso, ele disse: “Deixe que ela venha e leve qualquer porção de terra que me pertence e que ela, injustamente, reivindica como sendo dela.” Em seguida, ele a amaldiçoou dizendo: “Ó Allah, se ela estiver mentindo na reivindicação contra mim, então não permita que ela morra antes que perca a visão e morra no terreno dela (ou no seu poço, conforme uma narrativa).” Ele também fez um duá para que Allah Ta’ala tornasse a verdade aparente aos muçulmanos.

Em algumas narrações, é mencionado que Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) disse: “Juro por Allah Ta’ala, já dei a ela seiscentos zirá’ (medida) do meu próprio terreno por causa da falsa alegação que ela fez contra mim. Apenas cedi para ela a minha propriedade por causa do Hadice que ouvi directamente de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam).” Ele de seguida citou o Hadice acima mencionado.

Arwa foi até ele e tomou posse do pedaço da terra onde ele havia construído um muro. Ela demoliu o muro que ele havia construído e construiu uma casa para si no terreno. Pouco tempo depois, toda a região de ‘Aquíq foi afligida por uma terrível cheia que nunca teve precedentes, fazendo com que os limites de ambos os terrenos se tornassem claramente distintos. Foi nesse momento que a falsa alegação dela foi exposta diante das pessoas, e a veracidade de Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) tornou-se evidente para todos.

Um mês depois (das cheias), Arwa bint Uwais perdeu a visão e ficou cega. Pouco depois, enquanto caminhava no seu terreno numa noite, caiu no seu poço e morreu. Dessa forma, as contra preces de Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) para Arwa tornaram-se realidade.

Abu Bakr bin Muhammad bin Amr bin Hazm, um dos narradores desse incidente, disse: “Quando éramos jovens e surgia uma disputa entre duas pessoas, às vezes ouvíamos uma delas dizendo à outra: ‘Que Allah Ta’ala te cegue como cegou Arwa.’ Nós pensávamos que talvez a pessoa estivesse a referir ao animal chamado Arwa (uma cabra da montanha). No entanto, mais tarde, soubemos que essa expressão eram as palavras que Hazrat Sa’íd bin Zaid (radhiyallahu an’hu) usou para amaldiçoar Arwa bint Uwais, e por isso ela perdeu a visão.”

(Hilyatul Auliyá 97/1)

About admin2

Check Also

O medo de Hazrat Abdur Rahmán bin Auf (radhiyallahu an’hu) do prestar contas

Naufal bin Iyáss al Huzali (rahimahulláh) narra: “Nós costumavamos a sentar na companhia de Hazrat …