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O Duá Especial de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam)

Hazrat Áishah bint Sa’d (radhiyallahu an’ha), filha de Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu), narra o seguinte do seu pai, Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu):

Durante a Batalha de Uhud, (quando o inimigo atacou pela retaguarda e muitos Sahábah (radhiyallahu an’hum) foram mortos no campo de batalha), os Sahábah (radhiyallahu an’hum) não conseguiram encontrar Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) e estavam se movendo em confusão. Naquele momento, afastei-me e disse para mim mesmo: “Continuarei a lutar contra os kuffár. No processo de luta, ou ganharei o martírio ou Allah Ta’ala me permitirá permanecer vivo. Se eu sobreviver a esta batalha, certamente que encontrarei Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam).”

Nesse estado, de repente vi um homem cobrindo o rosto e não consegui reconhecê-lo. Os descrentes avançaram em direcção a ele até que eu disse a mim mesmo: “Eles o perseguiram até alcançá-lo!” Naquele momento, o homem encheu a mão de pedrinhas e as atirou na cara dos descrentes, fazendo-os voltar sobre os calcanhares e recuar até chegar à montanha. O homem repetiu esta acção várias vezes (quando os descrentes tentaram atacá-lo), e eu não sabia quem ele era (pois não conseguia ver o seu rosto).

Entre mim e este homem estava Hazrat Miqdád bin Aswad (radhiyallahu an’hu). Eu tinha acabado de decidir perguntar a Hazrat Miqdád (radhiyallahu an’hu) quem era esse grande homem quando Hazrat Miqdád (radhiyallahu an’hu) me disse: “Ó Sa’d (radhiyallahu an’hu)! Este é Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) que está chamando a ti!” Perguntei a Hazrat Miqdád (radhiyallahu an’hu): “Onde está Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam)?” Em resposta, Hazrat Miqdád (radhiyallahu an’hu) gesticulou na direcção do mesmo homem.

Percebendo que este homem não era outro senão o amado Raçul de Allah Ta’ala (sallallahu alaihi wassallam), imediatamente fiquei no meu lugar e, pela extrema felicidade, fiquei totalmente alheio às minhas feridas. Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) disse-me: “Ó Sa’d (radhiyallahu an’hu)! Onde você esteve esse tempo todo?” Eu respondi dizendo: “Eu estava longe de si, de onde eu podia ver a si (até que o inimigo atacou e eu lhe perdi de vista)”.

Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) fez me sentar diante dele e comecei a atirar flechas em direcção aos descrentes enquanto dizia: “Ó Allah! Esta é a sua flecha, então faça com que ela atinja o Seu inimigo!” Enquanto eu disparava as flechas, Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) fazia duá para mim, dizendo: “Ó Allah! Aceite o duá de Sa’d (radhiyallahu an’hu)! Ó Allah! Faça com que as flechas de Sa’d (radhiyallahu an’hu) atinjam o alvo!” Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) de seguida me disse: “Continue a atirar flechas, ó Sa’d! Que o meu pai e a minha mãe sejam sacrificados por ti!” Eu não atirei uma única flecha, excepto que Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) continuou a fazer duá a Allah Ta’ala para fazer a minha flecha atingir o seu alvo e para aceitar o meu duá quando eu suplicar a Ele.

Eventualmente, quando todas as flechas da minha aljava terminaram, Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) estendeu as flechas da sua aljava e me entregou uma flecha com penas para atirar no caminho de Allah Ta’ala.

Imám Zuhri (rahimahullah) menciona que Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) atirou mil flechas durante a Batalha de Uhud.

(Mustadrak Hákim #4314)

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