Al-Hádi Al-Hádi – Em Língua Portuguesa
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Sayyiduna Tal’ha (Radiyalláhu An’hu) conta que um dia apareceu um homem perante Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) e pediu-lhe permissão para participar na expedição no Caminho de Allah. Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) perguntou-lhe se a mãe dele estava viva e ele respondeu afirmativamente. Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) aconselhou-o a permanecer na companhia da mãe, tentando servi-la da melhor forma possível, explicando que o Jannah (Paraíso) encontrava-se debaixo dos pés da mãe. Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) repetiu estas palavras três vezes.
Sayyiduna Anass (Radiyalláhu An’hu) conta que um dia um homem veio ter com Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) e manifestou uma enorme vontade de participar na expedição no Caminho de Allah. Quando lhe perguntaram se os pais estavam vivos, disse que a mãe estava viva. Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) disse: “Teme a Allah a respeito dela.” Isto é, trata-a da melhor forma possível, cumprindo com todos os direitos dela, assim serás considerado como aquele que efectuou Hajj e Umrah e participou na Jihád. Ou seja, receberá a recompensa de ter praticado estas acções.
Muhammad Ibn Munkadir (Rahmatulláhi Alaihi) conta: “O meu irmão Umar costumava fazer Ibádah (adoração) durante a noite, enquanto eu passava a noite inteira massajando os pés da minha mãe, porém, nunca tive inveja das longas preces efectuadas pelo meu irmão ao longo da noite e nem desejei trocar a minha recompensa pela dele.
Ummul Mu’minin Áisha (Radiyalláhu An’há) diz que perguntou a Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam): “De todas as obrigações que a mulher tem para com os outros, qual é a maior delas?” Ele respondeu: “A que relaciona-se com o marido dela.” Então, perguntei a seguir sobre qual a maior obrigação que o homem tem para com os outros. Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) respondeu: “A que relaciona-se com a sua mãe.”
É relatado num Hadice “Não cobiça as mulheres dos outros, assim a sua também não será cobiçada; se tratares bem os teus pais, assim também tratar-te-ão os teus filhos.” (Durre Manthur)
Táuss (Rahmatulláhi Alaihi) conta que um homem tinha quatro filhos. Ele sentiu-se doente. Um dos filhos dirigindo-se aos restantes três propôs-lhes o seguinte: “Se vocês quiserem tomar conta do pai na sua doença, então eu tomarei posse dos negócios e bens do nosso pai, caso contrário vocês podem levar os bens que eu fico a cuidar do pai, sem nenhuma reivindicação da minha parte no futuro.”
Os três filhos aceitaram a segunda sugestão e tomaram conta dos bens do pai, enquanto o outro filho ficou a cuidar do pai até à morte do mesmo. Conforme combinado, após a morte do pai, não fez nenhuma reivindicação.
Ele, então, sonhou com alguém a dizer-lhe que num certo local estavam cem Dináres (moedas de ouro) enterrados e que ele poderia desenterrá-los. Ainda no sonho, perguntou ao homem se aquele dinheiro era abençoado ou não. O homem respondeu que aquela quantia não era abençoada. Na manhã seguinte, contou o sonho à sua esposa e ela insistiu para que fosse desenterrar aquelas moedas mas o homem não aceitou.
Na noite seguinte voltou a sonhar com uma pessoa que lhe indicou um local onde estariam dez Dináres (moedas de ouro) enterrados. Quando perguntou se eram moedas abençoadas, a resposta foi negativa. Na manhã seguinte voltou a contar o sonho à sua esposa que insistiu novamente para que fosse desenterrar aquelas moedas, mas mais uma vez ele recusou-se a fazê-lo.
Na terceira noite voltou a sonhar com uma pessoa que desta vez indicou-lhe um sítio onde ele encontraria apenas uma moeda de ouro. Ele perguntou se aquela moeda era abençoada e resposta foi positiva. Então, ele foi e após desenterrar aquela moeda, comprou dois peixes e trouxe-os para a casa. Quando cortaram o peixe para cozinhar, encontraram no estômago de cada um deles uma preciosa pérola. Estas pérolas foram vendidas ao Rei daquela época em troca de noventa mulas carregadas de ouro.
(Fazáil Sadaqát em Português / pág. 279 – 281)
