É bem sabido, que diarimente muita gente abraça o Isslám. Muitos aceitam o Isslám depois de tê-lo estudado e ter compreendido a verdade. No entanto, muitas pessoas proclamam o Shahádah depois de terem sido atraídas pela conduta de alguns muçulmanos na maneira de interagir com os outros e pela conducta nos seus negócios. Que Alláh Ta’ála aumente o número de tais pessoas que são verdadeiras embaixadoras do Dín.
Por outro lado, há muita gente que se distancia do Dín por causa da desonestidade, falsidade e fraude de alguns muçulmanos. Este tipo de conduta que contraria os ensinamentos do Qur’án e do Sunnah, para além de afugentar muitas pessoas do Dín, resulta também em corte de amizades e laços familiares.
Uma das principais razões deste comportamento é que muita gente não considera seus negócios ou conduta social como parte de Dín. As pessoas são meticulosas no que diz respeito ao seu Saláh, jejum, Hajj, etc., isto é realmente louvável. Mas, enquanto efectuamos os nossos deveres de Ibádah, é necessário também obedecer as leis do Sharíah nas nossas transações e no nosso convívio. Alláh Ta’ála declara no Qur’án: “Ó vós que credes, entrem no Isslám por completo, e não sigam os passos de Shaitán. Na verdade, ele é vosso inimigo declarado.” (S2:V208). Este áyah claramente informa aos crentes, que negligenciar as leis do Sharíah em qualquer assunto, mesmo que seja em seus negócios, é seguir os passos de Shaitán. Seguir o Shaitán, o nosso inimigo declarado só leva a destruição.
Esta atitude de seguir as leis do Sharíah parcialmente, torna-se mais evidente em casos de disputa e conflito. Um crente deve submeter-se totalmente a decisão do Sharíah em qualquer disputa. Alláh Ta’ála diz: “E não convem a um homem crente ou a uma mulher crente, quando Alláh e Seu menssageiro decidiram algo, que eles tenham alguma opção no assunto.” (S33:V36)
Entre as situações de disputa onde as leis do Sharíah são muitas vezes transgredidas, às vezes até mesmo por pessoas aparentemente piedosas, são os casos de herança. Deve ficar claro, que é harám exigir ou apoderar-se de “direitos” que se oponham às leis do Sharíah mesmo que estejam em conformidade com as leis do País.
Consumir harám prejudica o Ibádah do consumidor e arruína o seu Dín. O mesmo aplica-se nas disputas comerciais. Qualquer lucro que seja adquirido de forma harám só trará ruína neste mundo e arrependimento no outro.
Portanto um verdadeiro crente é aquele que com o cumprimento das suas obrigações de Saláh, Zakáh, etc., também obedece as leis do Sharíah nas suas transações e relações sociais, mesmo em situações de divergência e controvérsia.
Desta forma, para além de atrair as pessoas ao Isslám, alcançará o objectivo principal da vida que é adquirir a satisfação de Alláh Ta’ála.