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A acção através da qual Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) foi concedido as boas novas de Jannah

Hazrat Anass (radiyallahu an’hu) narra que certa vez, os Sahábah (radhiyallahu an’hum) estavam sentados na abençoada companhia de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) quando ele disse: “Em breve, um homem dentre as pessoas de Jannah aparecerá diante de vós.” Logo de imediato, Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) apareceu, carregando as suas sandálias na mão esquerda, com a barba pingando a água de wudhu.

No segundo e terceiro dia, Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) fez o mesmo anúncio, e em ambos os dias, a pessoa que entrou foi Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu).

Hazrat Abdullah bin Amr bin Áss (radhiyallahu an’huma) desejava passar algum tempo na companhia de Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) para que pudesse observar a sua conduta e acções, e assim identificar a qualidade ou acção especial que ele possuía por conta da qual Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) deu-lhe as boas novas de Jannah.

Portanto, no terceiro dia, depois que Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) partiu do ajuntamento, Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) levantou-se e seguiu Hazrat Sa’d (radhiyallahu anhu) para falar com ele. Ao encontrá-lo, Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) disse-lhe: “Tive um desentendimento com o meu pai, por isso fiz um juramento de que não voltaria para casa por três dias. Será que poderias me dar um lugar na sua casa para ficar até os três dias passarem?

Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) concordou e Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) começou a ficar com ele. No entanto, apesar de observá-lo durante os três dias, Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) não viu nenhuma acção que a considerasse extraordinária. Na verdade, ele não viu Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) acordar durante a noite para efectuar o saláh de Tahajjud. Ele apenas acordava na hora de Fajr. No entanto, ele observou que quando os olhos de Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) se abriam durante a noite e ele mudava de posição de um lado para o outro na cama, ele fazia algum zikr antes de adormecer novamente.

No entanto, a qualidade saliente que Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) notou em Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) foi que ele só falava bem (a respeito das pessoas e nunca falava algo de mal acerca de alguém).

Eventualmente, quando os três dias se passaram, e Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) não observou nada excepcional na vida de Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) devido ao qual ele pudesse receber as boas novas de Jannah, ele decidiu abordar Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) e revelar o verdadeiro motivo de desejar permanecer com ele por três dias.

Por isso, ele se aproximou de Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) e disse: “Ó servo de Allah! Na verdade, não houve desentendimento ou rompimento de relações entre mim e o meu pai. No entanto, a razão pela qual eu queria ficar com contigo é que durante três dias consecutivos, Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam) fez o seguinte anúncio: “Um homem dentre as pessoas do Jannah está prestes a aparecer no ajunatamento”, e em todos esses três dias, foste a pessoa que apareceu. Foi por essa razão que desejei ficar contigo para poder observar as tuas acções e conduta e imitar as boas qualidades. No entanto, (ao observar as tuas acções), não notei que realizavas muitas acções nafl (facultativas), portanto diga-me a acção especial que tens realizado por conta da qual adquiriste as boas novas de Jannah da parte de Raçulullah (sallallahu alaihi wassallam)?”

Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) respondeu: “As únicas acções que realizo são as que observaste (ou seja, não há mais nada que eu esteja a praticar além do que viste).” Ao ouvir isso, Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) virou-se para partir. No entanto, quando ele estava saindo, Hazrat Sa’d (radhiyallahu an’hu) chamou-o de volta e disse-lhe: “As únicas acções que realizo são as que observaste. No entanto, a única outra acção (que poderia ser a razão de eu receber as boas novas de Jannah) é que eu não guardo nenhuma maldade no meu coração por algum muçulmano, nem guardo inveja no meu coração por alguma dádiva que Allah Ta’ala concedeu a alguém.”

Ao ouvir isso, Hazrat Abdullah bin Amr (radhiyallahu an’huma) comentou: “Esta é a acção que fez com que alcançasses esta elevada posição, e esta é a acção que nós somos incapazes de realizar nas nossas vidas.”

(Musnad Ahmad #12697, Taríkh Dimashq 20/327, Musnadul Bazzár #5836)

 

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