O décimo dia de Muharram que será no Quinta-feira dia 20 de Setembro, é conhecido como o dia de Áshura, uma data muito especial no calendário islâmico. O jejum do dia de Áshura era fardh (obrigatório) mesmo antes do jejum do mês de Ramadán tornar-se obrigatório. Depois do jejum do mês de Ramadán tornar-se obrigatório, jejuar no dia de Áshura tornou-se facultativo. Mesmo assim, Raçululláh (sallAlláhu alaihi wassallam) costumava jejuar no dia de Áshura com frequência e encorajava aos outros a fazerem o mesmo. É relatado que Raçululláh (sallAlláhu alaihi wasallam) disse: “O jejum do dia de Áshura é uma forma de Alláh perdoar (kaffárah), os pecados (menores) do ano anterior” (Tirmizi).
“CONTRARIAR OS JUDEUS”
Enquanto a pessoa vai colhendo as virtudes do jejum do dia de Áshura, existe uma lição que se salienta e se destaca neste jejum. A lição é de manter sempre com firmeza a indentificação islâmica, abster-se totalmente de imitar os kuffár (descrentes), e quanto for possível evitar qualquer semelhança com eles. Quando Raçululláh (sallAlláhu alaihi wassallam) foi informado que os judeus também jejuam no décimo dia de Muharram, Ele ordenou aos Sahábah (R.A.): “Jejuem no nono e no décimo dia, para assim contrariar os judeus” (Tirmizi). É óbvio que os Sahábah (R.A.) não estavam a jejuar para imitar os judeus. Era uma mera coincidência que os judeus também jejuavam neste dia.
Mesmo assim, visto que esta semelhança podia ser evitada observando um jejum adicional ao décimo, Raçululláh (sallAlláhu alaihi wassallam) pediu aos Sahába (R.A.) que jejuassem no nono dia de Muharram também. Portanto, não se deve jejuar só no décimo dia por causa da semelhança aos judeus, isto será makrúh tanzíhi (um acto detestável). O jejum do décimo dia deve ser acompanhado com o jejum do nono ou décimo primeiro dia.
A PRAGA DE ALLÁH TA’ALA
Imitar outros povos, é conhecido como tashabbuh, e é completamente proibído. Esta prática era tão detestada por Raçululláh (sallAlláhu alaihi wassallam) que Ele declarou: “Aquela pessoa que imitar um outro povo, então ele pertence a eles”. (Abu Dawúd)
Imitar os kuffár pode ter lugar em qualquer aspecto da vida, mas isto fica mais óbvio no aspecto da aparência e vestuário . O aspecto de aparência e vestuário não é algo sem importância. A proibição em alguns países das jovens muçulmanas usarem o véu nas escolas é uma prova clara que o trage islámico tem um grande impacto nos outros. Por isso é que eles querem proibir a identificação visível dos muçulmanos.
Quando o vestuário e aparência ensinada por Raçululláh (sallAlláhu alaihi wasallam) é abandonada, e os kuffár são imitados, torna-se difícil, ou até impossível distinguir entre um muçulmano e um judeu ou cristão. A pessoa não terá coragem de fazer salám porque a pessoa não sabe se é Yussuf ou João se é Aisha ou Carla.
TENHA GOSTO em IMITAR RAÇULULLÁH (SALLALLÁHU ALAIHI WASSALLAM)!
Ninguém prefere assemelhar-se à alguém que é seu inimigo. Mas sim, a pessoa irá preferir assemelhar-se à alguém que ele gosta. Um verdadeiro seguidor de Raçululláh (sallAlláhu alaihi wasallam) gostará de se assemelhar e mesmo imitar o seu amado.
PROFESSOR E PALHAÇO
No dia-a-dia a pessoa pode imitar muita gente. O professor poderia ir a escola imitando um palhaço na sua conduta e vestuário. Mas ele não faz isso porque esta imitação iria rebaixar o estatuto do professor. Certamente ele irá vestir como um professor veste-se. Igualmente, todo o muçulmano e todo o seguidor de Raçululláh (sallAlláhu alaihi wasallam) é um professor e um exortador ao Islam através das suas acções e conduta. Ele não pode imitar aqueles que estão na perdição e aparecer como se fosse um deles. Ele deve administrar todos os aspectos da sua vida como comer, dormir e vestir até os aspectos relacionados com o casamento e negócios de maneira como um exortador do Islam deve-se comportar. Um crente verdadeiro só pode imitar Raçululláh (sallAlláhu alaihi wassallam) e adoptar Seus ensinamentos.
Portanto, enquanto jejuamos no dia de Áshura, vamos tomar essa lição importante e totalmente abster-se de imitar os judeus e cristãos. Vamos adoptar a semelhança de Raçululláh (sallAlláhu alaihi wasallam), os Sahabah e as pessoas piedosas do Ummah. Nisto está o nosso sucesso neste mundo e na vida após a morte.