Uma vez, quando Alí (radhiyalláhu an’hu) estava a partir para uma batalha, apercebeu-se que a sua armadura tinha desaparecido. Após a batalha ter terminado, ele foi a Kúfah. Enquanto estava em Kúfa, ele notou um judeu com a mesma armadura que lhe tinha desaparecido. Alí (radhiyalláhu an’hu) confrontou o judeu de imediato e disse: “Esta armadura me pertence!” O judeu negou esta afirmação e disse que era dele, e a prova disto é que a armadura estava na sua posse. Alí (radhiyalláhu an’hu) sugeriu que os dois fossem ao Qázi (Juiz). Após ter ouvido aos dois, Qázi Shuraih (que era o juiz daquele local) virou-se para Alí (radhiyalláhu an’hu) e perguntou:
– “Ó Amírul-Mu’minín! Tú tens alguma prova?”
– “Sim, Hassan e Qumbur (radhiyalláhu an’humá) podem testemunhar que a armadura é minha.” Respondeu Alí (radhiyalláhu an’hu).
Qázi Shuraih rejeitou a prova apresentada dizendo: O testemunho do filho a favor do pai não é aceite (referindo-se ao testemunho de Hassan)”. Quando o judeu ouviu a decisão de Qázi Shuraih em seu favor, exclamou de imediato: “O líder dos muçulmanos levou-me ao seu próprio juiz, e o seu próprio juiz julgou em meu favor! Sem dúvida que esta religião é verdadeira.” Assim, o judeu recitou o shahádah e aceitou Islám. (Tárikhul Khulafá, pág. 184)
Lições:
- Se nós passassemos a vida de acordo com os mandamentos do Islám, seríamos um intermédio para convidar os outros em aceitar o Islám através do nosso carácter. Cada um deve perguntar a sí próprio: “Será que através da minha conducta, atraí as pessoas ao meu redor ao Islám, ou as distanciei?”
- Devemos exercer justiça em todos os aspectos da nossa vida.