Os seres humanos por natureza procuram ocasiões para expressar alegria e felicidade. Como uma religião natural, o Islám cuidou desta necessidade declarando os dias de Íde como dias de celebração. Na verdade, o Islám decretou obrigatória a celebração dos dias de Íde, por isso, é proibido jejuar nesses dias. Fomos encorajados a vestir as melhores roupas e a festejar dentro de limites prescritos.
A celebração de um crente deve ser de forma que o leve mais próximo de Allah.
Pelo contrário, observamos que nas celebrações dos descrentes, muita gente perde o juízo. Bebe-se a noite inteira, desperdiça-se muito dinheiro em foguetes, etc.
Nós, os crentes, não possuímos a força para travar os acontecimentos a nossa volta. Por conseguinte, qual deve ser a nossa reacção face as celebrações de outras religiões? Será que juntámo-nos a eles? Ou meramente “assistimos” os acontecimentos?
A este respeito, Allah Ta’ála diz: “E não inclineis para aqueles que foram injustos para sí próprios (por meio de shirk), senão sereis afligidos pelo fogo.” (Súrah Húd)
Inclinação neste Áyah refere-se à semelhança em qualquer aspecto como a crença, costumes, celebrações ou modo de vida.
É relatado que Raçululláh (sallalláhu alaihi wassallam) disse: “Aquele que acrescentar ao número de algum povo (isto é, juntar-se a eles), será considerado como pertencente a eles (ou seja, um deles).”
Tendo em conta o Áyat e Hadíce acima mencionados, vamos analisar a realidade de algumas celebrações dos kuffár. O Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa explica o Natal da seguinte forma: “Festa anual cristã, que se celebra a 25 de Dezembro, em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo.”
Quanto ao Dia do Ano-Novo, a Enciclopédia Mundial descreve-o com as seguintes palavras: “A comemoração ocidental tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1 de Janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano. O povo romano era politeísta, ou seja, adorava vários deuses diferentes, e não existe nenhum relato de que o povo judeu que viveu nessa mesma época tenha comemorado o ano-novo, nem que os primeiros cristãos o tenham feito.”
De mesmo modo, a Páscoa é descrita como sendo: “A celebração anual do dia em que Cristo ressuscitou do túmulo”.
As definições acima mencionadas tornam muito claro que estas celebrações são manifestações religiosas. A participação em tais celebrações é certamente “inclinação” para tais pessoas e é também aumento no número de tais pessoas, algo que é extremamente perigoso para o Imán da pessoa. Os muçulmanos devem abandonar completamente a participação em tais celebrações religiosas.
Evitar a participação em tais eventos não significa que devemos ser injustos a qualquer pessoa ou tratá-la de forma incorrecta. Pelo contrário, o Islám ensina a tratar todo o Ser Humano com gentileza. Até mesmo os prisioneiros eram tratados pelos Sahábah como se fossem convidados. Porém, enquanto mostramos simpatia a todos, não podemos participar ou inclinar para as crenças, costumes e modo de vida dos outros.
Abaixo estão mencionadas algumas maneiras como muitos de nós têm participado nestas celebrações:
- Saldos em nome de “Natal”, “Ano Novo” ou “Páscoa” (ou qualquer outra celebração religiosa).
- Oferecer presentes de “Natal” para clientes, funcionários, etc. Em vez disto, ofereça algo na altura de Íde.
- Venda de produtos específicos para tais ocasiões como árvores de Natal, ovos de páscoa, fogos-de-artifício, etc. Allah Ta’ála nos proibiu de ajudar em actos de transgressão.
- Permanecer acordado até meia-noite do dia 31 de Dezembro para ver “o ano novo”.
Que Allah Ta’ála nos mantenha firme no Dín e nos proteja de seguir os costumes dos Seus inimigos. Ámin.