Sultán Núrud-Dín Zangí (rahimahulláh) era um dos governantes na história islâmica conhecido por sua piedade, temor de Alláh Ta’ála e justiça.
Seu filho Ismaíl, que também era extremamente idôneo como o seu pai, contraiu uma doença muito grave aos dezanove anos de idade. Os médicos daquele tempo receitaram uma pequena quantidade de álcool como cura da tal doença. Por conseguinte, as pessoas insistiram que ele tomasse o medicamento. Mas, este jovem respondeu: “Eu não irei ingerir o tal medicamento até consultar os fuqahá (juristas).” Os juristas do Mazhab Shafí’ decidiram que naquela situação é permissível consumir álcool.
Ele também questionou sobre o assunto ao grande estudioso Hanafí, Allámah Aláud-Dín Kassáni (rahimahulláh) que também deu o veredicto de permissibilidade. Após ouvir este veredicto, Ismaíl fez uma pergunta: “Se a hora da minha morte chegar, será que viverei mais através deste álcool?” Allamah Kassáni respondeu negativamente. Aí, o jovem disse: “Juro por Alláh que não quero encontrar com Ele enquanto tomei algo que Ele declarou proibido”.
Assim sendo, o jovem não consumiu o álcool e veio a falecer. (Shazarátuz Zahab vol.6 pág. 425)
Lições:
- Mesmo estando a beira da morte, este jovem não quis dar um passo sem perguntar os juristas e Ulamá. Hoje em dia todos se acham qualificados e capacitados o suficiente para fazer deduções do Qur’án e Hadíces.
- Este incidente mostra também um exemplo de um homem que preferiu exercer precaução apesar de ter recebido o Fatwá de permissibilidade. Pelo contrário, nós vamos à procura de algum fátwa para legalizar a todo custo aquilo que desejamos.